A história de sucesso da gigante chinesa de fast-fashion Shein é incomparável, mas a que custo?

Uma nova investigação do Channel 4 descobriu detalhes sobre as práticas da marca. O canal enviou um trabalhador com câmaras escondidas para filmar dentro de duas fábricas em Guangzhou que fornecem roupas para a Shein.

Numa das fábricas, o Channel 4 descobriu que os trabalhadores recebem um salário-base de 4.000 yuans por mês – cerca de 556 dólares (568 euros) – para fazer 500 peças de roupa por dia e que o pagamento do primeiro mês lhes é retido; na outra fábrica, os trabalhadores recebiam quatro cêntimos por peça. Os trabalhadores de ambas as fábricas trabalhavam até 18 horas por dia, tinham direito apenas a um dia de folga por mês e eram penalizados em dois terços do seu salário diário se cometessem um erro numa peça de vestuário.

As horas e as condições de trabalho apresentadas violam as leis trabalho da China.

A Shein tem sido criticada frequentemente por más condições de trabalho, por copiar peças de designers independentes e por usar produtos tóxicos nas suas roupas.

Hoje em dia, a Shein tornou-se uma das marcas preferidas da geração Z, graças aos seus preços baixos e à rápida produção das peças e de novas coleções.

A investigação foi transformada num documentário “Inside the Shein Machine: UNTOLD” que está disponível no serviço de streaming do Channel 4.