O Parlamento da Letónia, aprovou hoje, 22 de setembro, a proibição total da criação de animais para a produção de peles no país. A medida entrará em vigor no dia 1 de janeiro de 2028.

Nos últimos 10 anos, a associação de direitos dos animais “Dzīvnieku brīvība” fez campanha pela proibição da criação de animais por causa das suas peles, apoiada por 42 mil pessoas e 50 organizações não governamentais, que assinaram uma carta aberta ao Parlamento.

Hoje, o Parlamento adotou as alterações à Lei de Proteção Animal com uma maioria esmagadora de 70 votos em 73 possíveis. As correções tinham sido submetidas a 9 de setembro de 2021 por 11 parlamentares de diferentes partidos políticos.

A nova lei proíbe a criação de animais para a produção de peles e será dado um período de cinco anos de transição, de forma a que os empresários tenham tempo para terminarem as suas atividades e recuperem os seus investimentos.

“Este é um momento histórico para os direitos dos animais na Letónia – uma grande vitória tanto para os animais quanto para as pessoas”, afirmou Katrīna Krīgere da associação “Dzīvnieku brīvība”. “Ao proibir o aprisionamento e a morte de animais por causa das suas peles, nós, o povo da Letónia, afirmamos os nossos valores e respeito pelos animais como seres vivos. Mostramos que, no nosso país, a compaixão e a razão são mais importantes que a ganância e a ostentação. Afinal, a nossa atitude em relação aos vulneráveis ​​– animais – é um espelho da nossa própria humanidade.”

Atualmente, cerca de 300.000 martas e centenas de raposas e chinchilas são mortas por causa das suas peles na Letónia todos os anos.