O Chile proibiu, no dia 20 de dezembro, os testes de cosméticos em animais, bem como o fabrico, a importação e a comercialização de cosméticos testados em animais em outras partes do mundo.

O projeto de lei foi aprovado após uma votação unânime.

“Graças à paixão e determinação dos consumidores que amam os animais, das marcas de beleza progressistas e dos políticos de todo o mundo que partilham o nosso desejo por um mundo livre de crueldade, os testes de cosméticos em animais foram proibidos em 45 países”, disse Daniela Benavides Sanchez, diretora da nacional da Humane Society International (HSI) no Chile. “A HSI e os nossos parceiros têm sido fundamentais para garantir muitas dessas proibições, inclusive no Brasil, México, Canadá, Índia, Coreia do Sul e Austrália. Hoje temos o prazer de dar as boas-vindas ao Chile nesta lista de nações e elogiar Juan Antonio Coloma e os membros do Senado por tornarem realidade esta legislação histórica.”

“Este é um marco para a nossa organização e para os animais. Graças a esta iniciativa, inúmeros animais serão salvos de crueldades desnecessárias no Chile”, afirmou Nicole Valdebenito, diretora de consciencialização e defesa da ONG Te Protejo. “Além do sofrimento, estas experiências estão desatualizadas em comparação com os novos métodos que não necessitam de seres vivos.”

“Este é um avanço histórico graças ao apoio determinado do Te Protejo e da Humane Society International”, disse o senador Juan Luis Castro, presidente da Comissão de Saúde. “Estamos satisfeitos por termos dado um passo na direção certa para a proteção animal, para que os cosméticos nunca mais sejam testados em animais no Chile.”

O lançamento da curta-metragem de animação stop-motion #SaveRalph da HSI – a comovente história de um coelho cobaia nos testes de cosméticos – influenciou esta lei e conquistou o apoio da associação nacional da indústria de cosméticos e o Instituto de Saúde Pública. Depois do seu lançamento em 2021, o filme tornou-se viral em todo o mundo, com mais de 150 milhões de visualizações nas redes sociais, mais de 865 milhões de tags no TikTok e alcançou mais de 300.000 assinaturas na petição no Chile.