13 de Junho, 2011

Poema “Viajar! Perder Países!” e “Lisboa: O que o Turista deve Saber” de Fernando Pessoa

Em 1988, entre o espólio de Fernando Pessoa, foi encontrado um guia turístico de Lisboa, redigido pelo poeta em 1925 e que, por se destinar aos turistas que visitavam Lisboa, estava escrito em inglês. Em 2009, este guia serviu de inspiração para o lançamento de “Os Mistérios de Lisboa ou What the Tourist Should See”, […]

10 de Junho, 2011

Os Lusíadas Recitados por Representantes de Diferentes Países – Zé Vasconcellos

Numa reunião de intelectuais, cada um dos representantes das nações presentes (Portugal, França, Inglaterra, Itália, Israel, Alemanha e Argentina) resolve recitar um excerto dos Lusíadas, de Luís de Camões, por Zé Vasconcellos. “As armas e os Barões assinalados Que da Ocidental praia Lusitana Por mares nunca de antes navegados Passaram ainda além da Taprobana, Em […]

3 de Fevereiro, 2011

? (Quem fez ao sapo o leito carmesim) – Poema de Florbela Espanca

Quem fez ao sapo o leito carmesim De rosas desfolhadas à noitinha? E quem vestiu de monja a andorinha, E perfumou as sombras do jardim? Quem cinzelou estrelas no jasmim? Quem deu esses cabelos de rainha Ao girassol? Quem fez o mar? E a minha Alma a sangrar? Quem me criou a mim? Quem fez […]

3 de Maio, 2010

A Poetisa de Peroguarda – Virgínia Dias

“Cante ao Menino” – tradicional do Alentejo – numa das mais belas versões: a de Virgínia Dias, de Peroguarda, Ferreira do Alentejo (no fim do cante dá uma explicação sobre a música). Virgínia Dias nasceu a 16 de Agosto de 1935, no Alentejo. Filha de camponeses, concluiu apenas o ensino primário. Abandonou a escola (e […]

11 de Março, 2010

“O quê? Valho Mais que uma Flor” – Poema de Alberto Caeiro

O quê? Valho mais que uma flor Porque ela não sabe que tem cor e eu sei, Porque ela não sabe que tem perfume e eu sei, Porque ela não tem consciência de mim e eu tenho consciência dela? Mas o que tem uma coisa com a outra Para que seja superior ou inferior a […]

13 de Fevereiro, 2010

“Quem Me Quiser” – Poema de Rosa Lobato de Faria

Quem me quiser há-de saber as conchas a cantiga dos búzios e do mar. Quem me quiser há-de saber as ondas e a verde tentação de naufragar. Quem me quiser há-de saber as fontes, a laranjeira em flor, a cor do feno, a saudade lilás que há nos poentes, o cheiro de maçãs que há […]

18 de Janeiro, 2010

O Douro de Miguel Torga

“O Doiro sublimado. O prodígio de uma paisagem que deixa de o ser à força de se desmedir. Não é um panorama que os olhos contemplam: é um excesso da natureza. Socalcos que são passadas de homens titânicos a subir as encostas, volumes, cores e modulações que nenhum escultor, pintor ou músico podem traduzir, horizontes […]

22 de Dezembro, 2009

“Balada da Neve” – Poema de Augusto Gil

Batem leve, levemente, como quem chama por mim. Será chuva? Será gente? Gente não é, certamente e a chuva não bate assim. É talvez a ventania: mas há pouco, há poucochinho, nem uma agulha bulia na quieta melancolia dos pinheiros do caminho… Quem bate, assim, levemente, com tão estranha leveza, que mal se ouve, mal […]

18 de Outubro, 2009

“Só a Natureza é Divina” – Poema de Alberto Caeiro

Só a Natureza é divina, e ela não é divina… Se falo dela como de um ente É que para falar dela preciso usar da linguagem dos homens Que dá personalidade às cousas, E impõe nome às cousas. Mas as cousas não têm nome nem personalidade: Existem, e o céu é grande e a terra […]

24 de Setembro, 2009

“Desejos Vãos” – Poema de Florbela Espanca

Eu queria ser o Mar de altivo porte Que ri e canta, a vastidão imensa! Eu queria ser a Pedra que não pensa, A pedra do caminho, rude e forte! Eu queria ser o Sol, a luz intensa, O bem do que é humilde e não tem sorte! Eu queria ser a Árvore tosca e […]

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