Afinal os bioplásticos não se degradam tão facilmente como dizem os fabricantes

Afinal os bioplásticos não se degradam tão facilmente como dizem os fabricantes

25 de Maio, 2023 0

Ao contrário do que afirmam os fabricantes de bioplásticos feitos a partir de ácido poliláctico (PLA, em inglês), como têxteis, toalhitas ou outros objetos, estes não se biodegradam assim tão facilmente.

De acordo com um novo estudo científico publicado na revista científica Plos One, o PLA permaneceu inalterado na água do mar durante 14 meses.

O estudo intitulado “Não tão biodegradável: Ácido poliláctico e tecidos de mistura de celulose/plástico não têm biodegradação rápida em águas marinhas” mostra que o ácido poliláctico não se degrada em condições normais, embora seja promovido como ‘biodegradável’ por várias indústrias.

O PLA é produzido com bactérias através de um processo de fermentação do milho, cana-de-açúcar ou de plantas ricas em amido. Este bioplástico tem sido promovido como biodegradável e uma alternativa ao plástico com origem no petróleo.

Para este estudo, os investigadores colocaram, em várias jaulas submersas no mar, têxteis produzidos a partir de ácido poliláctico, petróleo, celulose e ainda uma mistura de celulose/petróleo. As jaulas eram depois içadas e examinadas. Os materiais foram também avaliados em laboratório.

Concluíram que o têxtil à base de celulose se degradou rapidamente (menos de um mês) e os têxteis à base de petróleo, de ácido poliláctico e os de celulose/petróleo, não apresentaram, durante os 14 meses em que foram analisados, sinais significativos de degradação.

Para os consumidores não é fácil saberem a composição e o ciclo de vida dos produtos que compram e por isso é necessário que a informação sobre estes materiais passe a ser mais transparente.

 

Foto: Pixabay

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