Bruxelas quer tornar produtos mais sustentáveis e circulares

Bruxelas quer tornar produtos mais sustentáveis e circulares

31 de Março, 2022 0

A Comissão Europeia apresentou, no dia 30 de março, um conjunto de propostas no âmbito da economia circular para que os consumidores europeus possam ter informação detalhada sobre a durabilidade, sustentabilidade, eficiência energética ao longo de todo o ciclo de vida dos produtos, instruções sobre a sua reparação, reutilização e reciclagem dos seus componentes.

Os produtos vão passar a ter um passaporte digital com a indicação da sua performance energética.

“Vai ser um código QR que terá informação sobre a reciclagem, sobre o conteúdo reciclável que é usado para o produzir, sobre a durabilidade e sobre as possibilidades de reparação. É um software que terá de alertar para a obsolescência do aparelho”, explicou Virginijus Sinkevičius, comissário europeu com a pasta do Ambiente, Oceanos e Pescas.

Bruxelas pretende prolongar a vida útil dos bens de consumo e reduzir a dependência europeia de matérias-primas virgens.

A Comissão Europeia apresentou também uma estratégia para a indústria têxtil, de forma a combater o impacto negativo da fast-fashion (moda rápida) na cadeia de valor europeia. Bruxelas quer que as roupas tenham uma vida útil mais longa, que sejam recicláveis, feitas com produtos têxteis mais sustentáveis e de melhor qualidade, com menos químicos tóxicos e sejam produzidas de acordo com o respeito pelas normas sociais.

“Só 1% dos têxteis mundiais está a ser reciclado. O resto está a ser queimado ou a encher aterros. Por isso, é bom que a Comissão Europeia esteja a abordar a problemática dos têxteis”, disse Anna Cavazzini, eurodeputada alemã do grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia e presidente da Comissão parlamentar para o Mercado Interno e Proteção dos Consumidores.

Bruxelas quer acabar com o “usar e deitar fora” e ainda conter a libertação de microplásticos com origem nos têxteis.

A proposta vai ser apresentada no Parlamento Europeu e no Conselho Europeu e em 2024 deve entrar em vigor.

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