“Caminhos da Região de Coimbra” potenciam mais de 700 km de turismo de natureza

“Caminhos da Região de Coimbra” potenciam mais de 700 km de turismo de natureza

1 de Setembro, 2020 0

Caminhos da Região de Coimbra” é uma nova rede de oferta turística e de valorização dos corredores de património natural da região, dinamizada pela Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM Região de Coimbra). O grande objetivo é promover os recursos naturais da Região através de uma rede de trilhos pedestres, desde pequenas rotas, perfeitas para se fazer num dia, às Grandes Rotas do Alva, Bussaco e Mondego, que proporcionam vários dias de caminhadas e experiências associadas.

A Região de Coimbra é marcada por uma grande variedade de recursos naturais que compreendem desde a zona costeira e a paisagem gandaresa, ao vale do Mondego, passando pela extensa mancha florestal que culmina nas serras.

Assistindo-se hoje à necessidade de evasão dos grandes aglomerados e a um crescente interesse pela prática de atividades e desporto ao ar livre e em contacto com a natureza, os destinos com uma forte componente natural, que permitem a conciliação do conceito de isolamento social com a descoberta e contacto com a natureza, são certamente uma das tendências de turismo em Portugal.

Nos “Caminhos da Região de Coimbra”, além de um conjunto de pequenas rotas e atividades como Observação de Aves (Birdwatching) e Cogumelos, os “Caminhos da Região de Coimbra” incluem quatro grandes rotas: a Grande Rota do Alva (106 km), a Grande Rota do Bussaco (56 km), a Grande Rota do Mondego (124 km) e o Caminho Natural da Espiritualidade (67 km).

Um total de mais de 700 quilómetros de Rotas Municipais e intermunicipais que sofreram um reforço das condições físicas de apoio à visitação para afirmar a Região de Coimbra como um destino turístico de excelência, nomeadamente a requalificação de caminhos e percursos, sinalética, estruturas de observação e de relação com a natureza, unidades de visitação e de apoio ao visitante, rotas temáticas, estruturas de informação e suportes de comunicação e divulgação.

Grande Rota do Alva

A Grande Rota do Alva, com 77 km de extensão, passa pelos concelhos de Penacova, Vila Nova de Poiares, Arganil, Tábua e Oliveira do Hospital. O rio Alva, que nasce na Serra da Estrela e desagua no rio Mondego, é o elemento identitário da região atravessada pela rota, assinalada por planaltos e vales marcantes. O seu percurso, marcado nas encostas da Serra da Estrela e Serra do Açor, permite descobrir um conjunto de atrações naturais e turísticas de grande qualidade e importância local.

Destacam-se as povoações que ocupam as suas margens (Côja, Vila Cova do Alva, a “Sintra das Beiras”, Avô, entre outras) e um conjunto de magníficas praias fluviais (como por exemplo São Gião, Avô, Caldas de São Paulo, Côja, Vimieiro, Ponte das 3 Entradas, São Sebastião da Feira, Cascalheira-Secarias), a maioria das quais detentora do galardão de Bandeira Azul. São também importantes atrações a barragem de Fronhas, em São Martinho da Cortiça, com o seu espelho de água, a zona de lazer, os vestígios megalíticos do período Calcolítico, na localidade de Secarias, entre muitas outras.

Este cenário de belezas naturais é completado por uma diversidade florística, na qual se destacam os salgueiros, amieiros, freixos, choupos, sanguinho-de-água, fetos-reais e largas encostas com medronheiros.

Grande Rota do Bussaco

A Grande Rota do Bussaco é um percurso com um total de 56 km, cujo epicentro é a Mata Nacional do Bussaco. Desenvolve-se nos concelhos da Mealhada, Penacova e Mortágua e promove o potencial natural deste território, alavancada na qualidade e exuberância da biodiversidade da Mata Nacional do Bussaco, um verdadeiro oásis da Região Centro para os amantes do turismo de natureza, possuindo uma das melhores coleções dendrológicas da Europa.

Esta grande rota permite ainda a descoberta dos vinhos da Bairrada e as suas caves e adegas, onde se produzem os vinhos tintos, brancos e espumantes, o típico leitão assado e, ainda, a vila de Luso, conhecida pela sua estância termal e pelo consumo de água mineral. O turista é ainda convidado a percorrer estradões e aldeias que contam histórias e estórias da passagem das tropas napoleónicas pelo território, mas também a desfrutar de uma diversidade faunística e florística proporcionada pelas ribeiras que encontram ao longo do percurso.

Grande Rota do Mondego

A Grande Rota do Mondego é um percurso com 142 km de extensão, que visa dinamizar turisticamente os territórios compreendidos entre a Figueira da Foz e Oliveira do Hospital, cruzando os concelhos de Montemor-o-Velho, Coimbra, Penacova e Tábua, tendo o rio Mondego como denominador comum.

Esta grande rota permite descobrir a Figueira da Foz, com o seu imenso areal de areia fina e dourada e as suas atrações turísticas, o percurso até Coimbra, passando pelas vilas de Montemor-o-Velho e Pereira, com a forte presença dos marcantes campos de arroz do Baixo Mondego e da textura de outros cultivos; a cidade de Coimbra, eterna cidade dos estudantes, património da UNESCO, com o fado como elemento cultural exclusivo e diferenciado; e Penacova, como região de transição para um cenário de montanha, proporcionando uma significativa alteração da paisagem, com vales mais ou menos cavados e espelhos de água a perder de vista, com origem na Barragem da Aguieira. Pelos concelhos de Tábua e Oliveira do Hospital o cenário vai-se repetindo, sendo constantes, ao longo do percurso, elementos do modo de vida local, tais como moinhos de água, açudes, socalcos, levadas, entre outros.

Caminho Natural da Espiritualidade

O Caminho Natural da Espiritualidade liga Coimbra a Sta. Comba Dão numa extensão de cerca de 67 km, percorrendo os concelhos de Coimbra, Penacova e Mortágua. Explora a relação da motivação da viagem espiritual com o património natural no qual esta rota se desenrola, tendo o Caminho Português do Interior, das Rotas de Santiago, como contexto de base e elo de ligação.

Os caminhos da peregrinação e da espiritualidade são produtos que atraem cada vez mais visitantes. Respondendo às expetativas de públicos oriundos de vários quadrantes religiosos, que procuram nestas jornadas a serenidade, a contemplação, momentos de introspeção e o bem-estar espiritual, esta rota apresenta-se como uma dimensão fundamental da qualidade de vida. Para além do pendor religioso, materializado nas igrejas, nos conventos, nas capelas, nas alminhas, que proporciona, as festas, as romarias e as tradições culturais, juntamente com a qualidade paisagística e o património natural, são suplementos que motivam a procura que, por sua vez, completam o bem-estar interior.

Pequenas Rotas

Para os que não procuram distâncias tão grandes, a Região de Coimbra tem pequenas rotas pedestres que vão deste a Rota da Vinha, um percurso com 14 km nos vinhedos de Cantanhede, os 23km da Rota de Sicó em Condeixa, os 13 km do Trilho do Vale do Ceira em Góis, entre mais de 30 Pequenas Rotas nos 19 municípios da CIM Região de Coimbra que permitem desconectar de um mundo sempre conectado, estar em comunhão com a natureza, descobrir aldeias perdidas no tempo, recordar tradições que já julgavam perdidas e provar algumas das melhores iguarias regionais.

Não há melhor maneira (nem mais sustentável) de conhecer os segredos do nosso território do que percorrer a pé os trilhos e percursos pedestres da Região de Coimbra.

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