Glifosato foi autorizado por mais 5 anos na UE

Glifosato foi autorizado por mais 5 anos na UE

28 de Novembro, 2017 0

O uso do glifosato foi autorizada por mais cinco anos na União Europeia, após dois anos e meio de reautorizações temporárias e de adiamentos de votações.

Os estados-membros votaram, no dia 27 de novembro, e o prolongamento do uso do glifosato foi aprovado por maioria qualificada: 18 países votaram a favor (Alemanha, Bulgária, Dinamarca, Eslovénia, Eslováquia, Espanha, Estónia, Finlândia, Holanda, Hungria, Irlanda, Letónia, Lituânia, Polónia, Reino Unido, República Checa, Roménia e Suécia), 9 opuseram-se (França, Bélgica, Grécia, Croácia, Itália, Chipre, Luxemburgo, Malta e a Áustria) e Portugal absteve-se.
A atual licença do glifosato terminava no dia 15 de dezembro de 2017.

“Estamos muito desapontados, vemos que aqueles que deveriam proteger o ambiente e a nossa saúde não estão a fazer o que deviam. (…) Estão a trair a confiança que os europeus depositaram neles e deixam-nos com mais cinco anos de glifosato a contaminar o ambiente, os nossos corpos e a nossa alimentação”, afirmou Franziska Achterberg, ativista da Greenpeace.

A Quercus lamenta, mas não se surpreendeu com o prolongamento da licença. Infelizmente, o lobby da agricultura intensiva e industrial continua a ser mais forte. O que é notório nesta votação é que para a maioria dos países da UE são mais importantes os negócios do que o ambiente e a saúde das pessoas” afirmou João Branco, presidente da Quercus.

O partido Os Verdes (PEV) disse, em comunicado, que “o Governo português dever-se-ia ter oposto a tal pretensão, pois seria a posição que melhor defende as populações, o ambiente e a saúde pública. Com esta autorização do uso do glifosato por mais cinco anos, a UE demite-se de encontrar alternativas à utilização deste herbicida prejudicial.”

Em 2015, um estudo da Agência Internacional para a Investigação do Cancro (IARC) da Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou o glifosato, o herbicida mais usado em Portugal, como um “carcinogénio provável”.


FOTO: YVES HERMAN| REUTERS

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