Afinal, os gatos gostam mais das pessoas do que se pensava, conclui estudo
Os gatos têm a reputação de ser animais independentes e um pouco distantes, havendo mesmo quem sugira que a comida fácil é o que os faz permanecer com os seus donos. No entanto, um novo estudo da Universidade do Estado de Oregon concluiu que os pequenos felinos gostam mais da companhia dos seres humanos do que se pensava, preferindo-a até à comida.
As autoras do estudo sugerem que os gatos podem ser, simplesmente, mal entendidos e que a suposição de que reagem menos a estímulos sociais poderá dever-se a uma falta de compreensão relativamente às coisas que eles acham realmente estimulantes.
Para o estudo, as investigadoras testaram as reações de dois grupos de gatos: 19 de um abrigo de animais e 19 gatos domésticos. Os animais foram mantidos isolados durante duas horas e meia, sem comida, brinquedos, cheiros e contacto com pessoas. Ao fim deste tempo, foram-lhes apresentados estímulos destas categorias para ver qual preferiam – para qual se dirigiam primeiro, como e quanto tempo interagiam com ele.
A maioria dos gatos preferiu a interação com os humanos a todas as outras categorias. Em média, os felinos passaram 65% do seu tempo interagindo com uma pessoa.
Segundo as investigadoras, estes resultados provam que os gatos gostam realmente de estar com os seus donos, “independentemente da forma como se comportam à sua volta”.
“Descobrimos que 50% dos gatos testados preferiram a interação com o estímulo social, muito embora tivessem uma escolha direta entre a interação social com um ser humano e os seus outros estímulos preferidos das restantes três categorias”, escreveram Kristyn Vitale Shreve, Lindsay Mehrkam e Monique Udell, as autoras do estudo, que foi publicado na revista científica Behavorial Processes.
