Portugal foi vítima da “pressão injusta e arbitrária” dos mercados financeiros internacionais, que ameaça Espanha, Itália e Bélgica e outras democracias em todo o mundo, defende o sociólogo norte-americano Robert Fishman.
No artigo do New York Times do dia 13 de Abril 2011, intitulado “O Resgate Desnecessário de Portugal”, Fishman diz que o pedido de ajuda português, depois do irlandês e do grego, “deve ser um aviso às democracias em todo o lado”, porque “não é realmente sobre a dívida”.
“Portugal teve um forte desempenho económico nos anos 1990 e estava a gerir a sua recuperação da recessão global melhor que vários outros países na Europa, mas foi sujeito a uma pressão injusta e arbitrária dos negociadores de obrigações, especuladores e agências de ‘rating’”, afirma o professor de sociologia da Universidade de Notre-Dame.
Estes agentes dos mercados financeiros conseguiram, por “razões míopes ou ideológicas”, levar à demissão de um governo democraticamente eleito e potencialmente “atar as mãos do que se lhe segue”, adianta Fishman, autor de um livro sobre o euro.
“Se forem deixadas desreguladas, estas forças de mercado ameaçam eclipsar a capacidade dos governos democráticos – talvez mesmo dos Estados Unidos – para fazer as suas próprias escolhas sobre impostos e gastos”, sublinha Fishman.
No artigo do New York Times do dia 13 de Abril 2011, intitulado “O Resgate Desnecessário de Portugal”, Fishman diz que o pedido de ajuda português, depois do irlandês e do grego, “deve ser um aviso às democracias em todo o lado”, porque “não é realmente sobre a dívida”.
“Portugal teve um forte desempenho económico nos anos 1990 e estava a gerir a sua recuperação da recessão global melhor que vários outros países na Europa, mas foi sujeito a uma pressão injusta e arbitrária dos negociadores de obrigações, especuladores e agências de ‘rating’”, afirma o professor de sociologia da Universidade de Notre-Dame.
Estes agentes dos mercados financeiros conseguiram, por “razões míopes ou ideológicas”, levar à demissão de um governo democraticamente eleito e potencialmente “atar as mãos do que se lhe segue”, adianta Fishman, autor de um livro sobre o euro.
“Se forem deixadas desreguladas, estas forças de mercado ameaçam eclipsar a capacidade dos governos democráticos – talvez mesmo dos Estados Unidos – para fazer as suas próprias escolhas sobre impostos e gastos”, sublinha Fishman.
O sociólogo estabelece semelhanças entre Portugal e a Grécia e Irlanda, mas ressalva que enquanto estes dois países apresentavam “problemas económicos claros e identificáveis”, Portugal “não tinha subjacente uma crise genuína” e foi, sim, “sujeito a ondas sucessivas de ataques por negociadores de obrigações”.
“Distorcendo as percepções de mercado da estabilidade de Portugal, as agências de ‘rating’ – cujo papel de favorecimento da crise do ‘subprime’ nos Estados Unidos foi amplamente documentado – minaram quer a sua recuperação económica, quer a liberdade política”.
Agora, Portugal enfrenta políticas de austeridade impopulares, que vão afectar empréstimos a estudantes, pensões de reforma, redução da pobreza e salários da função pública.
Fishman sugere que as descidas de ‘rating’ e pressão sobre a economia resultaram ou de “cepticismo ideológico em relação ao modelo de economia mista em Portugal”, ou da “falta de perspectiva histórica” relativamente a um país onde o nível de vida subiu rapidamente nos últimos 25 anos, tal como a produtividade, enquanto o desemprego desceu. Embora, o optimismo dos anos 1990 tenha resultado em “desequilíbrios económicos resultado de gastos excessivos”, Fishman defende o desempenho recente do país pós, e mesmo que a queda do governo é “política normal” e “não incompetência, como alguns críticos de Portugal têm retratado”.
O sociólogo levanta também a questão de o BCE não ter comprado obrigações portuguesas de forma “agressiva” para afastar a última onda de “pânico” nos mercados, e a necessidade de regular as agências de ‘rating’ na Europa e Estados Unidos.
Fishman sugere que as descidas de ‘rating’ e pressão sobre a economia resultaram ou de “cepticismo ideológico em relação ao modelo de economia mista em Portugal”, ou da “falta de perspectiva histórica” relativamente a um país onde o nível de vida subiu rapidamente nos últimos 25 anos, tal como a produtividade, enquanto o desemprego desceu. Embora, o optimismo dos anos 1990 tenha resultado em “desequilíbrios económicos resultado de gastos excessivos”, Fishman defende o desempenho recente do país pós, e mesmo que a queda do governo é “política normal” e “não incompetência, como alguns críticos de Portugal têm retratado”.
O sociólogo levanta também a questão de o BCE não ter comprado obrigações portuguesas de forma “agressiva” para afastar a última onda de “pânico” nos mercados, e a necessidade de regular as agências de ‘rating’ na Europa e Estados Unidos.
“É bem possível que 2011 marque o início duma onda de usurpação da democracia por mercados desregulados, com a Itália, Espanha e Bélgica como próximas vítimas potenciais”, afirma.
Fonte: ionline
Para além da irresponsabilidade dos governod portugueses do século XXI, esta é uma verdade incontornável. A pressão externa, fez muito pela situação actual...
ResponderEliminarOlá Polittikus,
ResponderEliminarA questão é: será que ficaram saciados com a Grécia, a Irlanda e Portugal? Se não a Espanha que se prepare...
O caso de Portugal mostrou que quando estes mercados desregulados querem algo nada os pára...
Obrigado pelo post! Excelente seu blog! Tou seguindo!
ResponderEliminarSiga também o meu:
http://questoesdefutebol.blogspot.com/
Obrigado!
Olá Olavo,
ResponderEliminarobrigado por seguir!
Vou agora visitar o seu blog.
Um abraço,
Mab
100% de acordo!
ResponderEliminarBjs
Olá VagaMundos,
ResponderEliminara imagem diz tudo...estes senhores escreveram o nosso fado...