“Desejos Vãos” – Poema de Florbela Espanca

“Desejos Vãos” – Poema de Florbela Espanca

24 de Setembro, 2009 7

Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!

Eu queria ser o Sol, a luz intensa,
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a Árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão e até da morte!

Mas o Mar também chora de tristeza…
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente!

E o Sol, altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras… essas… pisa-as toda a gente!

Florbela Espanca

Comentários
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7 comments on ““Desejos Vãos” – Poema de Florbela Espanca
  1. Manuela Araújo

    Muito bonito. Boa escolha e bom gosto.

    25 de Setembro, 2009
  2. UniPlanet

    Obrigado! É realmente um poema muito bonito!=)

    25 de Setembro, 2009
  3. Joana Azevêdo

    Adoro Florbela Espanca… Tb sou poeta e ela foi grande inspiradora do meu jeito de escrever!!!

    25 de Setembro, 2009
  4. UniPlanet

    Se quiser mostrar um dos seus poemas aqui, teria muito gosto!

    26 de Setembro, 2009
  5. Joana Azevêdo

    Ok… Mas tipo, fico com receio n por vc!!! Mas é q n são registrados… Fico meio com medo de cópias n autorizadas!!! O q vc me diz?

    28 de Setembro, 2009
  6. UniPlanet

    Pois realmente é verdade. Se quiser pode sempre usar o email deste blog: onossoplaneta@hotmail.com

    29 de Setembro, 2009
  7. Joana Azevêdo

    Ok, obrigado…

    29 de Setembro, 2009
Responder a UniPlanet