Moby e os Direitos dos Animais

22 de Agosto, 2009 2
O seu nome do meio (Melville) e a alcunha “Moby” foram-lhe dados pelos seus pais devido ao parentesco com o autor de “Moby Dick”, Herman Melville. É o autor de temas como: “Why Does My Heart Feel So Bad“, “Natural Blues“, “Porcelain“e “Lift Me Up“.
É vegan (há 20 anos) e defensor dos direitos dos animais: “Seria capaz de olhar nos olhos de um animal e dizer-lhe: ‘O meu apetite é mais importante do que o teu sofrimento?’”-propõe-nos Moby.
Em 1996, lançou o álbum ”Animal Rights” (Direitos dos Animais). E, em 1999, no livrete do seu álbum “Play” publicou uma chamada de atenção para o bem-estar dos animais em todo o planeta. Como milhões de cópias foram vendidas, talvez tenha sido a mensagem sobre veganismo mais lida de sempre:

“Muitas vezes me perguntam porque sou vegan (um vegan é alguém que não come, veste, ou utiliza produtos de origem animal). Antes de fazer a lista das razões pelas quais escolhi ser vegan deixem-me dizer que não julgo as pessoas que optam por comer carne. (…) Mas de qualquer forma, aqui vão os motivos porque sou vegan:

1) Adoro animais, e penso que uma dieta vegan causa menos sofrimento do que uma dieta à base de produtos de origem animal.

2) Os animais são criaturas sensíveis com as suas próprias vontades e parece-me errado forçar a nossa vontade sobre outra criatura só porque somos capazes disso.
3) Uma grande parte das evidências médicas aponta para o facto de uma dieta à base de produtos de origem animal ser terrível para nós. Tem-se comprovado que dietas à base de produtos de origem animal causam e agravam cancros, doenças cardiovasculares, obesidade, impotência, diabetes, etc.
4) Uma dieta vegan é significativamente mais eficiente do que uma dieta baseada em produtos de origem animal. Com isto quero dizer que é possível alimentar muitas mais pessoas com grãos directamente do que dar esses grãos a uma vaca e depois matá-la. Num mundo onde há pessoas a passar fome parece desumano engordar vacas com grãos que poderiam estar a manter pessoas vivas.
5) O aumento da criação de gado é ambientalmente desastroso. Todos os resíduos provenientes dos animais são expelidos no nosso abastecimento de água, envenenando a água potável e contaminando lagos, rios e oceanos.
6) Um prato vegan é bonito de ser visto. Compare um prato de grãos e frutas e produtos hortícolas com um prato com intestinos de porcos, patas de galinha, e músculos de vaca cortados.
Foi por isto que me tornei vegan. Se, por algum motivo, decidir tornar-se vegetariano ou vegan, faça-o cuidadosamente. A maioria das dietas convencionais são tão à base de carne e de produtos animais que, quando a deixamos de comer, não sabemos o que usar para a substituir. Embora uma dieta vegetariana ou vegan seja um milhão de vezes mais saudável do que uma dieta carnívora, a transição deve ser feita sabiamente. A maioria das lojas de alimentação saudável e das livrarias têm bons livros que podem ajudá-lo a fazer a transição de uma dieta à base de produtos de origem animal para uma dieta vegetariana ou vegan. “

Em 2002, abriu Teany, uma aconchegante casa de chá vegetariana e biológica em Manhattan, que rapidamente se tornou popular. Em 2005, Moby escreveu o livro “The Teany Book” com receitas vegetarianas e histórias suas (por exemplo a receita de um bolo de chocolate, obviamente sem ovos nem leite). No qual acrescenta uma pequena alusão sobre o sofrimento dos animais e a devastação do ambiente causada pela produção de carne.
O principal argumento ambiental para não se comer carne, para mim, é a desflorestação“, diz ele. “A principal causa de desflorestação em países do terceiro mundo é a criação de pastagens para gado.”

Uma das características da nossa cultura é que estamos tão longe dos meios de produção de tudo o que preenche as nossas vidas,”-disse Moby, “que as pessoas embora saibam que a carne que consomem é produzida de uma forma bárbara e antiética, nunca viram tudo isso ao vivo. O meu desafio para qualquer um que coma carne é: se é tão devoto do seu regime alimentar por que não vai a um matadouro ver o que está a comer?

Em 2008 participou num álbum chamado “Canções para o Tibete”, a fim de apoiar o Tibete e o actual Dalai Lama. O vídeo da música “Disco Lies“(2008) tem uma mensagem contra a produção industrial de carne para cadeias de restaurantes fast-food.

“Antes de me tornar vegan”- diz, “se alguém viesse ter comigo a refilar e me dissesse que o meu estilo de vida estava errado, eu teria ficado na defensiva. Mas se viesse bem-humorado, compreensivo, e me fizesse pensar sobre a forma como eu vivia e sobre o que comia, e se me desse informação para eu pensar por mim próprio, eu teria tido uma resposta muito mais positiva.”
Referências: Wikipedia, Blitz, European Vegetarian Union, SFGate

Comentários
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2 comments on “Moby e os Direitos dos Animais
  1. Thiago

    Olá, desculpe a invasão do espaço.
    Mas estou trabalhando na divulgação da Primeira Olimpíada Nacional em História do Brasil, iniciativa inédita no país, organizada pelo Museu Exploratório de Ciências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com o apoio do CNPq. A Olimpíada é para escolas públicas e particulares e acontece pela internet, com equipes formadas por estudantes do oitavo e nono anos do ensino fundamental e por estudantes do ensino médio, juntamente com seu professor. As inscrições já estão abertas!
    http://www.mc.unicamp.br

    Por favor, repasse essa informação a possíveis interessados,

    Muito obrigado!

    24 de Agosto, 2009
  2. Sérgio Pontes

    Todos os Animais devem ser respeitados!

    Se gostarem de animais, convido-vos a visitar:

    http://groups.google.pt/group/animais_portugal?hl=pt-PT

    Cumprimentos,

    4 de Outubro, 2009
Responder a Thiago